Serras Guerreiras de Tapuruquara





Fotos: Rogério Assis / ISA e Marcelo Monzillo / ISA
O turismo indígena de base comunitária guia o empreendimento Serras Guerreiras de Tapuruquara. Fundada em 2017, a iniciativa conta com a atuação, direta ou indireta, de 13 comunidades indígenas na região do município de Santa Isabel do Rio Negro, no norte do Amazonas.
A gestão do projeto é realizada pela ACIR (Associação de Comunidades Indígenas e Ribeirinhas), em parceria com operadores de turismo de base comunitária. A ACIR conta com o apoio da FOIRN e do ISA para aprimorar sua capacidade de gestão, e da Garupa para formatação dos roteiros, monitoramento e implementação do modelo de negócio.
A partir da aprovação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial das Terras Indígenas (PNGATI) e da publicação da Instrução Normativa da Funai regulamentando atividades de visitação das Terras Indígenas, o empreendimento percebeu uma oportunidade para desenvolver o turismo de base comunitária indígena e, com isso, estimular a manutenção do espaço das comunidades, de sua cultua, da produção de alimento e artesanato e, ao mesmo tempo, promover sensibilização dos que visitam essas comunidades e gerar renda.
Os povos indígenas do Médio Rio Negro enfrentam problemas de gestão territorial e ambiental, como conflitos geracionais, adensamento da ocupação territorial, migrações para zonas urbanas, além de pressões e ameaças externas de pesca e caça ilegais e mineração. Um dos grandes desafios vividos pelas comunidades é a busca por soluções sustentáveis e autônomas para acesso à água e geração de energia. O turismo indígena, estruturado em modelo de base comunitária e associado à gestão territorial, tem potencial para minimizar esses problemas, oferecendo oportunidades para o desenvolvimento sustentável do território por meio da geração de renda, melhora da autoestima, resgate cultura e violência do território.
O Serras Guerreiras de Tapuruquara oferece roteiros que contemplam práticas culturais e experiências amazônicas guiadas pelos povos das Terras Indígenas Médio Rio Negro I e Médio Rio Negro II. O objetivo é que os visitantes conheçam a cultura e a diversidade do território, experimentando outros modos de vida e estabelecendo uma maior conexão com um território indígena e com a Amazônia.
Nos dois primeiros anos da iniciativa – 2017 e 2018 – foram realizadas oito expedições, que beneficiaram mais de 100 famílias das cinco comunidades envolvidas diretamente – quase 500 pessoas, de oito etnias. As 13 comunidades associadas à ACIR foram também beneficiadas indiretamente com o fortalecimento da Associação e pelo monitoramento do território, realizado por meio das expedições operadas inicialmente pela ACIR e Garupa.
Em 2019, foram realizadas cinco expedições, sendo uma delas voltada para potenciais parceiros e clientes, envolvendo operadoras de turismo de base comunitária, com objetivo de formar rede de parceiros para inserir a iniciativa no mercado formal.
O projeto foi pensado pela ACIR como estratégia para promover geração de trabalho e renda nas comunidades, especialmente para mulheres e jovens. “Logo no início, 40% dos participantes eram mulheres. Os jovens, bem menos. Mas a gente já vê que o jovem tem se aproximado mais, vê resultado, gosta da atividade. E é realmente uma atividade que fortalece muito a associação. Eu vejo o projeto andando, bem organizado, a gente sabendo como fazer”, diz Jaciel Rodrigues, integrante da ACIR.
o que já se falou sobre o negócio
RAIO-X

SERVIÇOS FINANCEIROS
DATA DE FUNDAÇÃO
JANEIRO DE 2017
CIDADE / ESTADO
SANTA ISABEL DO RIO NEGRO - AM
NATUREZA NEGÓCIO
ASSOCIAÇÃO
MODELO
B2C
TAMANHO EQUIPE
89 COLABORADORES
PATENTE
NÃO

FASE DO NEGÓCIO
ORGANIZAÇÃO DO NEGÓCIO
SOBRE A EMPRESA
Empreendimento de turismo de experiência que atua em 13 comunidades indígenas.
O QUE RESOLVE
Falta de oportunidade de geração de renda dentro do território, distanciamento dos jovens dos conhecimentos tradicionais e das práticas indígenas de agricultura, invasão e ameaças no território.
IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS POSITIVOS
Envolvimento dos jovens no turismo e nas discussões do movimento indígena, oportunidades para o desenvolvimento sustentável do território por meio da geração de renda (familiar e coletiva), melhoria da autoestima, resgate cultural e vigilância do território.
ODS
OBJETIVOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

ERRADICAR A FOME

TRABALHO DECENTE E CRESCIMENTO ECONÔMICO

ERRADICAR A POBREZA

IGUALDADE DE GÊNERO
PRODUTO/MERCADO
Roteiros turísticos que contemplam práticas culturais e experiências amazônicas, guiados pelos povos indígenas das Terras Indígenas Médio Rio Negro I e Médio Rio Negro II.
RESULTADOS
Faturamento de mais de R$ 600 mil em três anos, realização de 13 expedições e recepção de 118 visitantes. Foram beneficiadas diretamente mais de 100 famílias.
IMPACTO

SINALIZA O PROPÓSITO DO IMPACTO?

ACOMPANHA O IMPACTO?

FOI ACELERADO?
